A palavra talento está associada a valor e a equilíbrio. É um dom e quem o possui deve ter consciência da responsabilidade da herança e das conquistas pessoais. Simone Guimarães, como filha e neta de músicos, sabe disto. Clara Sandroni, também, pois é herdeira de uma família de intelectuais e artistas.
Neste Musicograma, feito a partir de entrevistas realizadas em 2007, Simone e Clara tocam em pontos das carreiras em que revelam paixões comuns. Na época Clara estava lançando o CD “Flor de Pão”, quinto da carreira e celebrava uma trajetória vitoriosa. Recebida pelo público, pela crítica e pelos próprios colegas, como Milton Nascimento, que subiu da plateia ao palco e dividiu com ela uma canção, declarando-a a melhor voz que havia escutado nos últimos anos.
Com um pé na cultura popular trazido da infância em Santa Rosa de Viterbo, interior de São Paulo, onde nasceu, até à MPB contemporânea, Simone foi indicada ao Prêmio Sharp pelo segundo CD, “Cirandeiro”, de 1997; gravou songbooks de Tom Jobim e Chico Buarque; participou do CD “Pietá”, de Milton e levou seu canto à França no Projeto Pixinguinha, em 2005.
Clara Sandroni conheceu o palco com o irmão, o violonista e compositor Carlos Sandroni. A experiência adquirida como cantora nos grupos “Terças e Quintas” e no coral “Olhos nos Olhos” foi acrescida da formação teatral. Clara é uma artista com visão crítica sobre as relações humanas com o meio ambiente, além de estudiosa do aperfeiçoamento técnico vocal e do conhecimento científico da voz humana. Uma parte do que aprendeu com suas pesquisas está reunida no livro “260 dicas para o cantor popular – Profissional e amador”, lançado em 1998 pela Editora Lumiar.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.