Os grupos corais Arranco de Varsóvia e Garganta Profunda foram criados em épocas diferentes e possuem carreiras distintas. Como referência comum têm nomes estranhos, uma característica dos anos 1980 e 1990, quando o primeiro marketing de bandas ou grupos era explicar as origens dos nomes incomuns.
A lista é enorme: Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Ultraje a Rigor e João Penca e Seus Miquinhos Amestrados, Kid Abelha e os Abóboras Selvagens. Fiéis à tradição, o Varsóvia pegou o nome Arranco, com que eram denominados os foliões que se organizavam nos antigos blocos carnavalescos e, numa alusão à origem judaica dos seus primeiros integrantes, criaram o Arranco de Varsóvia. O nome estranho e a opção do grupo pelo samba foram essenciais para que o Arranco conquistasse um lugar de destaque e respeito na MPB, nesses 15 anos de carreira.
Já a história do Garganta Profunda, dez anos mais velho, começou no início dos anos 80, quando as linguagens do teatro e da música se uniram de maneira forte e intrincada, para expressar o espírito da pré-abertura política. Garganta Profunda, nome tirado do filme “Deep Throat”, é filho confesso da geração surgida a partir das performances do grupo teatral “Asdrúbal Trouxe o Trombone”, de onde surgiu a banda Blitz e outras.
Da infância irreverente à afirmação como coral de vozes, o Garganta teve várias formações, até virar um selo de valorização e respeito ao repertório que grava.
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