Ainda adolescente Miúcha batizou seu violão com o nome de Vinícius, homenagem ao poeta e diplomata Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes, que sempre visitava a família. Foi no violão “Vinícius” que ela foi exercitando a voz; aproximando-a do timbre de Edith Piaf. Esta paixão pela música levou-a ao futuro marido João Gilberto com quem gravou, em 1975 o álbum “The best of two worlds”, em trio com Stan Getz..
Depois de experimentar vários caminhos fora do Brasil, Miúcha reencontrou a Bossa Nova e, por extensão, Vinícius de Moraes. Não poderia ser diferente. Como o poeta da Bossa Nova, ela vive em estado de permanente paixão.
Num texto em que confessava: “eu queria ter sido Vinícius de Moraes”, Carlos Drummond de Andrade define seu colega de profissão como um homem que ousou viver “a poesia em estado natural”.
São esses aspectos da personalidade do “poetinha” que o Musicograma destaca nesta edição, numa época em que a Música Popular Brasileira começa a ser vista como um produto de excelência para exportação.
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