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Parque Nacional das Sempre-Vivas

O parque é uma das regiões mais biodiversas do país

Parques do Brasil

No AR em 17/03/2021 - 15:30

O segundo episódio da temporada de Parque do Brasil apresenta o Parque Nacional das Sempre-Vivas, localizado nos municípios mineiros de Diamantina, Buenópolis, Bocaiúva e Olhos d’Água. Criado em 2002, a unidade protege uma área de 124 mil hectares na Serra do Espinhaço – a única cordilheira brasileira e um dos lugares com mais espécies endêmicas de plantas do Brasil e do mundo.

No primeiro bloco, conhecemos o Campo de São Domingos e um dos personagens principais do parque e do episódio: as sempre-vivas. Sempre-viva é o nome popular de uma série de plantas (a maioria delas da família das eriocauláceas), que mantém a aparência de uma planta viva mesmo depois de coletadas e secas. O episódio apresenta várias espécies dessas plantas, entre elas, a brejeira (Comanthera elegantula) e a pé-de-ouro (Comanthera elegans). Esta última se encontra ameaçada de extinção por conta do desmatamento e da coleta excessiva.

Outro personagem importante é o mocó (Kerodon rupestris), um roedor que habita os morros rochosos da cordilheira, formando verdadeiras comunidades. O primeiro bloco continua a explorar o Campo de São Domingos revelando as nascentes do córrego de São Domingos e do Rio Jequitaí. A unidade protege mais de 600 nascentes, que alimentam as bacias dos rios Jequitinhonha e São Francisco. Perto ou em volta desses cursos d’água encontramos capões, plantas carnívoras, palmeiras e cactos endêmicos, além de várias espécies típicas do Cerrado, como o candombá (Vellozia variabilis), a candeia (Asteraceae) e o pau-de-santo (Kielmeyera sp).

Conhecemos ainda uma lapa impressionante, onde há 4 mil anos, povos antigos registraram na rocha a fauna da região. O documentário revela várias espécies de mamíferos que habitam o parque como o lobo-guará (Chrysocyon rachyurus), a anta (Tapirus terrestris), o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), o veado-catingueiro (Mazama gouazoubira), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), além do caititu(Tayassu tajacu) e da raposa-do-campo (Lycalopex vetulus) – uma espécie de canídeo ameaçada que só existe no Cerrado. Além de uma enorme variedade de aves como o chopim-do-brejo(Pseudoleistes guirahuro), o joão-de-pau(Phacellodomus rufifrons), o gavião-de-rabo-branco (Geranoaetus albicaudatus), o sanhaço-de-fogo (Piranga flava), o beija-flor-de-orelha-violeta (Colibri serrirostris), a maitaca-verde(Pionus maximiliani), a gralha-cancã (Cyanocorax cyanopogon), e várias outras.

Fechando o bloco, seguimos para o Distrito de Curimataí, em Buenópolis, onde conhecemos a espetacular Cachoeira de Santa Rita. No alto dela, conhecemos rochas antigas que guardam as marcas de um deserto anterior à formação da Cordilheira. As formações rochosas do parque, algumas com mais de 1 bilhão de anos, continuarão a ser destaque no segundo bloco. A areia fruto da erosão dessas rochas antigas criaram um ambiente singular onde habitam mais de 100 espécies de eriocauláceas, tornando o parque uma da áreas mais importantes para a conservação dessas plantas no planeta.

Na segunda parte deste episódio, voltamos ao Campo de São Domingos e conhecemos plantas de interesse para as ciências da saúde, como uma parente da arnica (Lychnophora sp), a azulzinha (Evolvulus sp), a quina-da-serra (Remijia ferruginea), a flor-de-veado(Odontadenia lutea) e a camarinha (Gaylussacia brasiliensis). Na região conhecida como Fazenda Arrenegado, identificamos mais plantas que estão sendo estudadas com o objetivo de encontrar novos fármacos, como o pereiro (Aspidosperma dispermum).

Os inúmeros rios do parque continuam a ser destaque e revelamos as corredeiras do rio Inhaí e o espetacular rio Inhacica Grande. Seguimos para o Norte da unidade, no município de Olhos d’Água, onde tentamos registrar uma espécie de sempre-viva raríssima, que depois de identificada pelo viajante-naturalista George Gardner no século XIX, ficou esquecida, até ser redescoberta no parque recentemente.

Ficha técnica:
Direção: Carlos Sanches
Imagens, Concepção e Conteúdo: Carlos Sanches e Luciana Alvarenga
Narração: Sidney Ferreira
Roteiro: Carlos Sanches e Stephania de Azevedo
Trilha sonora original: Flavia Tygel
Edição e Finalização: Carolina Rodrigues
Ilustrações e Videografismo: Marco Bravo e Sergio Pranzl
Sonorização e Mixagem: Maurício de Azevedo
Correção de Cor: Glauco Guigon

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Criado em 27/07/2020 - 16:00

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