No Rio de Janeiro, estudantes voltaram a ocupar o prédio principal da Universidade do Estado do Rio (Uerj). Eles protestam contra as mudanças nas regras para a concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil. O impasse já dura três semanas.
Os estudantes ocupam o campus Maracanã e também os campi de Duque de Caxias e São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. No Maracanã, as aulas foram suspensas pelo segundo dia consecutivo. Eles são contra a mudança nos critérios de concessão da bolsa de vulnerabilidade social oferecida pela universidade. O benefício foi criado durante a pandemia. Com a nova regra adotada pela universidade, para ter direito à bolsa o estudante deve ter renda familiar per capita de até meio salário mínimo. Antes, a renda per capita familiar exigida era de até um salário mínimo e meio.
Os estudantes alegam que essa mudança vai deixar de atender pessoas que não têm condições de se manter na universidade. Dizem também que faltou diálogo e criticam o fato da mudança ter sido anunciada no meio das férias.
Já a reitoria da Uerj alega que não tem recursos para manter a bolsa. Eram cerca de 2.500 beneficiários e, com a mudança, passam a ser 805. Uma nova proposta vai ser oferecida aos estudantes, de manter até dezembro o pagamento de R$ 400 aos alunos que não atendem mais aos critérios de elegibilidade. E mesmo com a proposta, a reitoria diz que precisa de R$ 50 milhões de suplementação no orçamento até o fim do ano.
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