Pinturas históricas quase perdidas estão entre as principais atrações em um prédio centenário que foi totalmente restaurado e reaberto ao público hoje, no Rio de Janeiro.
Hoje, o prédio histórico, abriga a superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas a edificação já foi da Companhia Docas deSantos, empresa privada que entre 1886 e 1980 tinha o monopólio das operações do Porto de Santos. Entre os fundadores estão Eduardo Guinle e Cândido Gaffrée que hoje são lembrados na construção com bustos.
O contexto da criação da empresa foi o de aumento do plantio do café e a necessidade de modernizar o escoamento do produto. A inauguração foi no início do século passado, em 1908.
A decoração marítima é uma homenagem à vocação naval da antiga companhia. A fachada com detalhes em mármore de carrara foi recuperada, o segundo pavimento ganhou reforço estrutural, instalações elétricas e de incêndio foram renovadas e câmeras de segurança agora são utilizadas para o monitoramento. Móveis, esquadrias, pisos e paredes foram recuperados.
Uma das supresas da reforma foi a descoberta dessas pinturas atribuídas ao artistas Del Bosco e Brenno Traider. Tudo estava encoberto por tinta branca desde a 1960. A obra passou por um processo de decapagem e reintegração cromática.
O prédio foi tombado pelo Iphan em 1978. Uma década depois passou a funcionar como sede da fundação que daria origem ao atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A ideia agora é que seja uma casa aberta ao público com exposições e atividades culturais.
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