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Uma visita aos municípios de Pitangui e Luz

Rotas da Liberdade

No AR em 13/11/2022 - 18:30

Nesta semana, o “Rotas da Liberdade” segue pelo centro-oeste mineiro e chega à histórica cidade de Pitangui, conhecida como a “sétima vila do ouro”. O apresentador Samuel Guimarães abre o episódio com um bate papo sobre esse fato que muda a vida da região. O historiador Licínio Filho conta que eram sete as vilas de exploração de ouro em Minas Gerais, por expedições bandeirantes. “O arraial que havia aqui é elevado a vila, em 1715, começando a vida de Pitangui”.

Um personagem famoso da história da cidade, o Padre Belchior, era considerado um confidente de Dom Pedro I, a quem dava aconselhamentos. “Pitangui participa do processo de independência do Brasil, por meio do Padre Belchior de Oliveira. Ele viveu em Pitangui muitos anos e foi até eleito deputado constituinte para as cortes de Lisboa, dentro do contexto da Revolução Liberal do Porto de 1720”, comenta Licínio. Samuel visitou o antigo casarão onde morou esse personagem, prédio que guarda alguns dos segredos da Coroa Portuguesa. 

Da parte histórica para a da tradição. Um membro da Coroa Portuguesa gostava muito de cachaça. Esse gosto fortaleceu o trabalho de produtores da bebida alcoólica na região de Pitangui. Em visita a um dos muitos alambiques da cidade, Samuel tenta desvendar esse fato, mostrando ao telespectador o processo de produção da tradicional cachaça de Minas.

Imagem aérea da Catedral Nossa Senhora da Luz
Imagem aberta da Catedral Nossa Senhora da Luz - Samuel Guimarães/Rede Minas

Seguindo viagem pelo circuito da Trilha dos Bandeirantes, Samuel chega ao município de Luz, cravado na Serra da Saudade - uma cidade pequena, mas de nome forte, onde um filho de ex-escravizado chegou ao posto de primeiro prefeito da cidade. O Museu Histórico de Luz Casa Grande Capitão Dú funciona no prédio construído pela família de Coronel José Thomaz, um escravo alforriado que chegou ao Aterrado de Luz cerca de 20 anos antes da abolição da escravatura. Já com o título de coronel, o escravo alforriado, casado com dona Isaura Emília, também ex-escravizada, constituiu sua família e se dedicou à cafeicultura no município. "Não se sabe se a casa idealizada por Coronel José Thomaz chegou a ser moradia dele ou se veio a falecer antes, por falta de registros históricos. No entanto, sabe-se que foi moradia oficial de seu filho, Alexandre Sercupino de Oliveira Dú, o conhecido Capitão Dú. Um grande líder político, cafeicultor e o primeiro prefeito de Luz", resume Greicy Romano, coordenadora do equipamento cultural. Além dessa fantástica história, o telespectador verá que o casarão, restaurado, funciona hoje como museu e boa parte da memória de Luz e região está guardada aí. Além de acervo antigo, uma galeria de arte moderna conta a história de 100 anos de emancipação, por meio de telas de grandes artistas, como Yara Tupynambá, Mário Mariano e Romero Brito.

Fechando o episódio, tem ainda entrevista com o senhor Geraldo Guimarães Sobrinho, com 97 anos, considerado o construtor da cidade. Ele passou a vida toda para ajudar a construir prédios, casas e até lápides de moradores. Conhecido como “Seu Geraldinho”, ele veio de Campo Belo aos 13 anos, para fazer serviços menores de ajudante de pedreiro e nunca mais parou.

E ainda, uma jovem que desafiou o machismo, desde criança, e hoje é uma das mais premiadas do Brasil na arte de tocar berrante. “Quem nasce nessas cidades do centro-oeste de Minas tem forte tradição rural. Eu sempre gostei de roça, de ver os animais, e acabei descobrindo o berrante”, conta Inês do Berrante. Na entrevista, além de apresentar os variados toques do instrumento, ela conta como concilia a vida de estudos com a carreira de artista. Um exemplo para deixar muitos adultos de queixo caído.

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Criado em 08/11/2022 - 10:25

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