Uma viagem ao inferno manicomial. Esta é a odisséia vivida por Neto (Rodrigo Santoro), um adolescente de classe média baixa, que leva uma vida "normal" até o dia em que o pai o interna em um manicômio depois de encontrar um baseado no bolso de seu casaco. O cigarro de maconha é apenas uma gota d'água que deflagra a tragédia na família.
Neto é um adolescente em busca de emoções e liberdade que tem pequenas rebeldias, como pichar muros e usar brincos, incompreendidas pelo pai. A falta de entendimento leva ao emudecimento na relação dentro de casa e o medo de perder o controle sobre o filho vira o amor do avesso.
Internado no manicômio, Neto conhece uma realidade completamente absurda e desumana em que as pessoas são devoradas por um sistema corrupto e cruel. A linguagem de documentário utilizada pela diretora Laís Bodanzky empresta ao filme uma forte sensação de realidade, aumentando ainda mais o impacto das emoções vividas pelo protagonista.
No manicômio, Neto é forçado a amadurecer. As transformações pelas quais ele passa alteram radicalmente sua relação com o pai.
O longa Bicho de Sete Cabeças foi o grande vencedor do Festival de Brasília do ano 2000. O filme venceu nas categorias Melhor Direção (Laís Bodanzky), Melhor Ator (Rodrigo Santoro), Melhor Ator Coadjuvante (Gero Camilo), Melhor Fotografia (Hugo Kovensky) e Melhor Filme escolhido pelo júri, pela crítica e pelo público. Inédito. 88 min.
Ano de estreia: 2001. Gênero: drama. Direção: Laís Bodanzky, com Rodrigo Santoro, Othon Bastos, Cássia Kiss, Jairo Mattos, Caco Ciocler, Luis Miranda, Gero Camilo, Valéria Alencar, Altair Lima, Linneu Dias, Marcos Cesana.
Classificação indicativa: 18 anos
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