No Estúdio Móvel desta terça-feira, a Academia da Berlinda, destaque da segunda passada, leva Liliane Reis para conhecer a Orquestra Contemporânea de Olinda. Fundada pelo percussionista Gilú e com Tiné nos vocais, a big band tem como objetivo compor arranjos focados nos metais e na percussão. Este ano, o sucesso da banda garantiu o passaporte para uma turnê pelos Estados Unidos. No programa, as duas bandas tocaram juntas a música Canivete, composição da Academia de Berlinda que já ganhou até cover de Ivete Sangalo.
No cantinho, Lili entrevistou o músico Cannibal, baixista e vocalista da banda Devotos, e o jornalista Hugo Montarroyos, autor de um livro sobre a banda: Devotos: 20 anos. Surgida em 1988 com o nome de Devotos do Ódio, a banda é composta ainda pelo guitarrista Néliton e pelo baterista Celo Brown. Na época em que o movimento manguebeat, de inspiração no maracatu, se destacava no cenário nacional, o trio preferia apostar no punk-rock de Ramones, Sex Pistols e The Clash. Egressos do Alto José do Pinho, na periferia do Recife, o Devotos uniu-se em 2002 a outras bandas do bairro para formar a ONG Alto Falante. Através de ações educativas e culturais, a ONG luta para diminuir as mazelas sociais da região. Por meio de uma rádio comunitária, a Alto Falante dá apoio na produção e ajuda no lançamento de músicos do Alto José do Pinho.
No trampo, a equipe do programa conheceu o ator e diretor Leandro Mariz, pernambucano que trabalha como iluminador e contra-regra para se manter no Rio de Janeiro, onde vive há seis anos. O trabalho de Leandro consiste em montar e organizar os elementos da peça antes e durante o espetáculo. Conforme ele explica, o emprego foi uma forma que encontrou para estar no meio das artes cênicas, mesmo que não seja atuando nos grandes palcos. Nos finais de semana e folgas, Leandro ainda encontra fôlego para escrever peças infantis e apresentá-las em escolas.
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