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Estupros no mundo globalizado

Repercussão do caso de estupro e morte na Índia gera debates pelo

Observatório da Imprensa

No AR em 05/02/2013 - 22:00

Pauta

Editorial

Dos Telespectadores

Assista na Íntegra

 

Pauta:

O Observatório da Imprensa dessa semana debate o caso da estudante indiana estuprada e morta por seis homens, que expôs ao mundo as violações aos direitos da mulher. Protestos tomaram conta das ruas de Nova Déli e ecoaram pelo mundo. A mídia divulgou o caso em todas as plataformas, inclusive nas redes sociais, onde foi objeto de debates.

O trabalho da imprensa estimulou a discussão em países com o mesmo problema, como o Nepal. A questão envolve cultura patriarcal e misoginia em um mundo cada vez mais globalizado. Os Estados Unidos são um exemplo disso no ocidente. Estupros seguidos de morte ocorrem em larga escala e muitos criminosos saem impunes. Alguns estupros chegaram a ser exibidos em tempo real, como na cidade de Steubenville. Apesar dos avanços do mundo hiperconectado, os abusos contra a mulher ainda são arcaicos.

Esta semana, Alberto Dines recebe a Chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Martha Rocha. Em São Paulo, conta com a presença da jornalista Florencia Costa, autora do livro Os Indianos. Em Brasília, a convidada é a Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves.

 

Editorial:

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

Estupro, abusos sexuais e violação de mulheres são violências que não existem isoladas. Onde há brutalidade e desrespeito pelo ser humano, mulheres e crianças são as suas primeiras e maiores vítimas.

O estupro coletivo e assassinato da estudante indiana em dezembro passado, assim como o espancamento até a morte do seu namorado, não aconteceram por acaso. O espanto do mundo inteiro não decorre de um suposto ineditismo. A surpresa, se houve, teve mais a ver com a negligência da mídia – sempre mais interessada em ser agradável e entreter do que em exibir os horrores e denunciar.

Apesar da imagem plácida e mística que se irradia da Índia, a brutalização da mulher faz parte da sua realidade cotidiana, está embutida na sua cultura, no seu modo de viver. E a Índia não é uma exceção nos orientes, do Oriente Próximo ao Oriente Médio e deste ao Extremo Oriente. As três religiões monoteístas – o judaísmo, o cristianismo e o islamismo – são visivelmente discriminatórias e preconceituosas com relação à mulher. Do apedrejamento das adúlteras ao estupro é um passo.

A Índia está brilhando em todos os rankings de desenvolvimento econômico, junto com o Brasil, a Rússia, a China e a África do Sul. Está na vanguarda dos emergentes, os BRICs. Mas o que é desenvolvimento econômico se a barbárie mantém-se intocável e incólume?

A Índia está aqui, nós também somos Índia.

 

Dos Telespectadores:

Juarez Araujo Pavão
Eu estava assistindo ao programa de 05.02.2013, onde estava sendo entrevistada uma secretária de órgão público, falando sobre a violência contra a mulher, pedindo mais legislação. Ainda há muita ingenuidade das pessoas e desinformação das autoridades sobre a questão da violência, não só contra a mulher, mas no país como um todo. O problema não está na legislação e sim na impunidade, que tem como causa a morosidade da Justiça e a multiplicidade de recursos judiciais, que fazem com que haja uma sensação generalizada de que nada acontece com quem comete crimes. Atualmente, quem tem bons advogados pode procrastinar decisões judiciais por anos a fio, e isso faz com que não haja desencorajamento para a prática de delitos.

 

Assista na Íntegra:




Apresentação: Alberto Dines

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Criado em 30/01/2013 - 18:03 e atualizado em 07/08/2013 - 21:08

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