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40 anos de Pé no Chão

Beth Carvalho e Fundo de Quintal celebram disco que foi marco no país

Samba na Gamboa

No AR em 04/05/2019 - 18:30

Este Samba na Gamboa presta um tributo aos 40 anos do disco “Pé no Chão”. Convidados de honra, Beth Carvalho e Fundo de Quintal contam como a geração formada à sombra da tamarineira do Cacique de Ramos revolucionou as rodas do país.     

Confira trecho deste episódio aqui

No repertório, super sucessos do samba, como “Água de chuva no mar”, “Ô Isaura”, “Chinelo novo”, “O show tem que continuar”, “Água na boca”, “Coisinha do pai”, “Vou festejar”, “Goiabada cascão” e “Agoniza mas não morre”. Além de revelar ao país a musicalidade do grupo Fundo de Quintal e da geração do Cacique, o disco ainda ficou famoso por marcar um encontro de gerações. Beth garimpou composições de um time de gênios lendários da MPB, como Candeia, Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulo da Portela, unindo o clássico às mais fervilhantes inovações das rodas de samba. Golaço da madrinha do samba, sucesso de público e crítica.

Diogo Nogueira e a madrinha do samba, Beth Carvalho
Diogo Nogueira e a madrinha do samba, Beth Carvalho - Kamyla Abreu/TV Brasil

Apaixonada por música, Beth Carvalho cresceu ouvindo as canções de Aracy de Almeida, Elizeth Cardoso, Sílvio Caldas, amigos de seu pai. Influenciada pela Bossa Nova, tornou-se cantora nos anos 1960, época em que a juventude se reunia nas festinhas e reuniões musicais na Zona Sul. Mas Beth iria muito além.  Após o pai ser cassado pelo regime militar, a cantora passou a dar aulas de violão. Em 1965, gravou o primeiro compacto, “Por quem morreu de amor”, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. Participou de festivais da canção e do show “A hora e a vez do samba”, com Nelson Sargento e Noca da Portela. Militante fiel dos movimentos sociais e causas políticas, Beth expandiu suas fronteiras e soube garimpar o ouro que havia do outro lado da cidade, nas reuniões musicais do Cacique de Ramos. Já consagrada como cantora, com sucessos como “Andança” e discos bem-sucedidos, Beth se emocionou com a musicalidade que brotava nos pagodes à sombra da Tamarineira do Cacique de Ramos. No disco “Pé no chão”, revelou ao país essa nova safra de compositores e músicos, além de introduzir em seus discos instrumentos como o banjo com afinação de cavaquinho, o tantã e o repique de mão, inovações criadas pelos músicos do Fundo de Quintal. O Brasil inteiro aplaudiu e Beth passou a ser chamada de "madrinha do samba", lançando ao estrelato grandes nomes como Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz. 

O Fundo de Quintal comemora muitos feitos hoje em sua história: são 33 CDs, 15 discos de ouro, 5 DVDs, foi vencedor do Grammy Latino em 2015 na categoria melhor álbum de samba, tem 4 discos de platina e por aí vai a carreira premiada dos sambistas que revolucionaram o samba, introduzindo novos instrumentos e lançando artistas do quilate de Arlindo Cruz, Jorge Aragão e Sombrinha. O grupo é marcado pela inconfundível batida do tantã, do repique de mão e do pandeiro. Líder, Bira Presidente encanta pelo samba no pé e arte do pandeiro. Ao lado de Sereno, cantor, compositor e inventor do tantã, e de Ubirany, que lançou o repique de mão, do bamba Ademir Batera, e dos jovens integrantes Marcio Alexandre e Junior Itaguaí, eles foram o time de ouro do samba de raiz, sinônimo de qualidade em todo o Brasil. 
 

Beth Carvalho e Fundo de Quintal são os convidados de honra do Samba na Gamboa
Beth Carvalho e Fundo de Quintal são os convidados de honra do Samba na Gamboa - Divulgação/TV Brasil

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Criado em 27/12/2018 - 13:00

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