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Riquezas da Nossa Terra: Socol, o embutido das montanhas capixabas

Caminhos da Reportagem

No AR em 27/11/2022 - 22:00

Nas viagens pelo país para conhecer os produtos que têm o selo de indicação geográfica (IG), a equipe do Caminhos da Reportagem desta vez foi até as montanhas capixabas para conhecer o socol, um embutido que veio com os italianos, foi modificado no Brasil e conquistou os paladares mais sofisticados. Foi na região de Venda Nova do Imigrante que conhecemos produtores e negócios que mantêm a tradição e histórias que vieram com os seus antepassados.

O socol é servido em fatias finas, quase transparentes
O socol é servido em fatias finas, quase transparentes - Divulgação/TV Brasil

A família Falqueto tem uma fábrica de socol artesanal há 10 anos. Mas a tradição já vem há mais de 130 anos, de geração a geração. Thais Falqueto hoje está à frente do negócio e diz que o processo de produção de um socol dura de 3 a 4 meses. Primeiro, a carne do porco é salgada por dias, depois lavada e preparada para a maturação, onde fica pendurada em salas em temperatura ambiente para que um fungo natural da região participe do processo.

Angelo Falqueto é um dos descendentes de italianos de Venda nova
Angelo Falqueto é um dos descendentes de italianos de Venda nova - Divulgação/TV Brasil

Desde que o selo da IG foi conquistado pela região, Thais Falqueto sentiu a valorização e a procura pelo produto certificado. “A gente estava vendendo ele aqui a 65 reais, hoje a gente vende a 125 reais o quilo do nosso socol”, conta. Hoje, 6 produtores obedecem aos padrões do selo, que autoriza o uso de apenas estes ingredientes no socol: lombo de carne suína resfriada, peritônio suíno, sal, pimenta-do-reino e alho.

Socol com fungos na fase de maturaçã
Socol com fungos na fase de maturação - Divulgação/TV Brasil

O socol veio do ossocollo, um embutido italiano feito a partir da carne do pescoço do porco, foi modificado para o gosto brasileiro, feito do lombo do porco, uma carne menos gordurosa. “O socol é feito de uma carne mais leve, adaptado dos nossos antepassados que chegaram ao Brasil”, conta Lorenzo Carnielli, que é de uma das famílias mais tradicionais na produção do socol.

Quem passa pela região fica com um gosto de Itália no paladar. Com a produção do embutido, vieram os pratos que o utilizam como ingrediente. No café e adega Tio Vé, a família Falqueto criou o brioche de socol, feito com ingredientes produzidos na propriedade da família. Já no Restaurante Nossa Vida, o destaque é a bruscheta dell'immigrato, prato com polenta e socol, criado pelo chef Renato Santos.

O prato bruscheta dell immigrato tem socol e taioba
O prato bruscheta dell immigrato tem socol e taioba - Divulgação/TV Brasil

Ouvir as histórias das origens de famílias tradicionais, como os Angelim e os Briochi, além de provar tudo o que é feito nas propriedades, participar de festas que movimentam a região são experiências que Venda Nova do Imigrante proporciona aos visitantes. Além disso, é possível fazer turismo de aventura, como passear de quadriciclo no Ecoparque Pedra Azul, e ver paisagens deslumbrantes como a Pedra do Lagarto.

Produção vai além do socol na região
Produção vai além do socol na região - Divulgação/TV Brasil

Nossa equipe aproveitou esse roteiro gastronômico e de paisagens exuberantes para conhecer locais de destaque, como o Khas Café. Na propriedade, além de provar o socol dos melhores fabricantes da região, é possível ter experiências sensoriais com o café que é produzido ali, além de fazer um piquenique no meio de um campo de lavanda, com vista para as serras capixabas.

 

Ficha técnica

Reportagem - Flavia Peixoto
Reportagem cinematográfica - Sigmar Gonçalves
Auxiliar técnico - Alexandre Souza
Produção - Claiton Freitas e Carol Gonçalves
Edição de texto - Carina Dourado
Edição de imagem e finalização - André Eustáquio
Apoio edição de imagem - Márcio Stuckert
Arte - Julia Gon

 

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Criado em 23/11/2022 - 16:10

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