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Mães de Axé

Caminhos da Reportagem

No AR em 19/11/2023 - 22:00
MÃE MENINAZINHA DE OXUM
Mãe Meninazinha de Oxum - Divulgação/TV Brasil

As Mães de Santo, como comumente ficaram conhecidas no Brasil, não só reconstruíram os cultos vivenciados por diferentes nações no continente Africano, como também formaram grupos que empoderaram outras mulheres, garantindo ainda a existência das religiões. Além de terem sido – e ainda são – fundamentais na luta contra o racismo, a intolerância religiosa e outras formas de preconceito e discriminação.

“Eu acredito que essas mulheres, essas grandes matriarcas, foram as grandes responsáveis e comprometidas em manter um projeto civilizacional outro que a partir desse sentido de coletividade, de apoio, de afeto, de sustentação, de alimentação. Então, as mulheres sempre foram um pilar fundante de manutenção das tradições, dos costumes, de toda uma rede”, explica o babalaô Adailton Moreira, pesquisador e filho de uma das mais tradicionais Ialorixás do Rio de Janeiro, Mãe Beata de Iemanjá.

PRESENTE DE OXALÁ
Presente de Oxalá - Divulgação/TV Brasil

Este episódio do Caminhos da Reportagem foi inspirado nas conclusões dos estudos da pesquisadora americana Ruth Landes e do folclorista Edison Carneiro, que, mesmo num tempo em que as culturas afro-brasileiras sofriam perseguições ainda maiores que as atuais, enxergaram potencialidades nas diversas formas de religiosidade e, principalmente, nas lideranças femininas.

MÃE TORODY DE OGUM
Mãe Torody de Ogum - Divulgação/TV Brasil

“O Candomblé é matriarcal, né? Desde os negros escravos, os homens estavam nos canaviais, cafezal, e as mulheres fizeram a manutenção desse sagrado. Escondiam debaixo das mesas, assentamentos, otás, nas louças das senhoras que quebravam, que estalavam. Elas escondiam, enfeitavam. São esses pratos que vocês veem no Mercado de Madureira. Mas era uma estratégia para poder esconder o seu sagrado. Nós somos uma grande corrente, né? Nós chamamos do poder feminino. Uma grande corrente. É uma corrente de que um grupo de mulheres ia na casa da outra, até hoje", conta Mãe Torody de Ogum.

 

ADJA - INSTRUMENTO MUSICAL
Adja - Instrumento musical - Divulgação/TV Brasil


As histórias e as trajetórias de mulheres à frente das casas de axé do Rio de Janeiro estão em foco neste programa, que vai revelar as estratégias das Ialorixás do candomblé e das mães de santo da umbanda, herdeiras de tradições baianas, para resistir ao tempo e às diversas formas de preconceito, e, dessa forma, garantir a continuidade das religiões. E vai, sobretudo, mostrar como essas matriarcas criaram formas de sociabilidade entre as populações negras.  

MÃE FLÁVIA PINTO
Mãe Flávia Pinto - Divulgação/TV Brasil

“Eu acho que o caminho a ferramenta pedagógica é o conhecimento e, por isso, que pessoas como eu estamos escrevendo livros. Estamos dando palestras oferecendo conhecimento através de oportunidades como essa para que as pessoas se desconstruam, se descolonizem, que passem a adentrar a luta antirracista, e entendendo que ser racista é não é saudável para nenhum povo.”, afirma Mãe Flávia Pinto, socióloga, escritora e babá de umbanda.

Ficha Técnica:
 
Agradecimentos: Cultne; Ilê Axé Oyá Onira; Quiprocó Filmes; TVE Bahia
Reportagem: Thiago Pimenta
Roteiro: Bárbara Pereira; Luciana Góes
Reportagem Cinematográfica: Sandro Tebaldi; Rodolpho Rodrigues; Ronaldo Parra; Eusébio Gomes
Auxílio Técnico: Adaroan Barros; Caio Araujo; Cláudio Tavares; Yuri Freire
Apoio à Produção: Ana Passos; Janaina Fanti; Thaís Chaves
Edição de Texto: Ana Passos; Luciana Góes
Edição de Imagem e Finalização: Diego Lourenço; Ubirajara Abreu
Arte: Alex Sakata
Trilha Sonora: Ricardo Vilas
Pesquisa no Acervo EBC: Thiago Guimarães

ILÊ OMOLU OXUM - RJ
Ilê Omolu Oxum - RJ - Divulgação/TV Brasil

 

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Criado em 17/11/2023 - 17:55

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