Sol Nascente e Pôr do Sol: os nomes são poéticos, mas não há poesia em se viver numa das comunidades mais populosas e carentes da América Latina. O Caminhos da Reportagem visitou esta área que fica a 34 quilômetros do centro de Brasília e durante 15 dias pôde constatar os desafios diários relacionados à falta de saneamento, à violência urbana e à marginalidade social.
A equipe acompanhou a rotina do comerciante Marcos Araújo que há 11 anos atende os clientes por trás das grades grossas que protegem seu mercadinho. “Você vê aí, os ladrões tão tudo solto e você tá aí trancado na grade. Você só come o que quer, mas é o mesmo que tá na cadeia”, desabafa.
Em um cenário de grilagem de terras públicas e de medo da remoção, surgem pessoas como o rapper “Mano P”. Ele saiu do tráfico e buscou na música e na literatura as ferramentas para expressar as angústias de quem precisa acordar às cinco horas da manhã para chegar no trabalho às oito. “Sair daqui é vencer! É um desafio grande”.
Mas “otimismo” é a palavra de ordem desta população carente, que acredita que o reconhecimento do poder público e a regularização trarão melhorias e mais qualidade de vida para suas famílias.
“Eu não quero morrer antes de entregar a primeira escritura do morador e de ver esse sonho realizado, e vai ser realizado com fé em Deus”, sonha Dona Francisca, líder comunitária do Pôr do Sol.
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