O Diálogo Brasil desta segunda-feira 24 de setembro vai debater as perspectivas para os quase 13 milhões de desempregados no país. Será que as eleições são uma saída? Para o gerente-executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o doutor em economia Flávio Castelo Branco, a falta de estabilidade política e jurídica desestimula o investimento. “Um país sem um projeto de desenvolvimento não vai a lugar nenhum”, emenda o doutor em ciência política Alexandre Sampaio Ferraz, técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Ferraz sustenta que há recursos “em abundância” e critica a falta de propostas concretas dos candidatos à Presidência da República para gerar empregos. Na situação atual, diz, é mais racional para o empresariado investir no mercado financeiro do que na produção. Mas ele também cobra o setor privado: “Não pode ser tão Estado-dependente”. Castelo Branco, por sua vez, admite o elevado grau de ociosidade da área produtiva e aponta a falta de perspectiva para o futuro como um dos problemas que podem ser superados com as eleições, momento em que, segundo ele, a crença se instala. Na avaliação do gerente-executivo da CNI, as empresas voltarão a operar em um ambiente de confiança.
Outros especialistas também participam do programa, com gravações em vídeo. É o caso da economista Maria Andreia Parente Lameiras, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que aponta como saída para o desemprego a construção de um pacto social. E também do coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo, que pergunta quem pagará a conta da informalidade, que soma cada vez mais trabalhadores sem proteção social.
Há, ainda, a participação das ruas, de onde a equipe do programa traz outra preocupação: a dos jovens em busca do primeiro emprego. Com apresentação do jornalista Maranhão Viegas, o Diálogo Brasil é exibido pela TV Brasil toda segunda-feira, sempre às 22h15.
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