As Olimpíadas de Paris chegaram ao fim, mas uma das polêmicas dessa edição foi o banho no rio Sena. A promessa de águas limpas não foi cumprida, assim como nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Até hoje, a Baía de Guanabara espera pela despoluição.
Foram muitas as tentativas de despoluir a Guanabara e trazer de volta a realidade das fotografias e das memórias afetivas. Os primeiros esforços foram no início da década de 1990, por meio de uma cooperação entre Brasil e Japão, a partir da experiência da limpeza da Baía de Tóquio. Depois, o tema voltou ao noticiário durante a Olimpíada no Rio. Com resultados ainda distantes, o governo do estado reconheceu que seria impossível atingir a meta.
A despoluição esbarra em problemas que ultrapassam a questão ambiental e também envolvem governança e articulação entre as diferentes esferas de governo. A Baía de Guanabara está cercada por sete municípios com graves problemas de segurança pública. Essas águas passam por regiões dominadas pelo crime organizado, onde as políticas públicas não chegam.
A poluição na Baía de Guanabara é um problema histórico e sistêmico. Não é só retirar o lixo das águas, já que esgoto, lixo industrial, hospitalar e toda espécie de lixo são despejados na Guanabara sem qualquer tratamento.
A Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro informou que, para reduzir a poluição da Baía de Guanabara, inaugurou no ano passado uma barreira sanitária para conter o lançamento de lixo e esgoto. O sistema é monitorado vinte e quatro horas por dia. Atualmente, está sendo desenvolvido um outro sistema para avaliar a qualidade da água da baía. Outra iniciativa é o programa Guanabara Azul, que vai investir três milhões de reais em ações de sustentabilidade.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.