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Samba em Família

Diogo Nogueira relembra sucessos e histórias ao lado da tia e do primo

Samba na Gamboa

No AR em 28/09/2018 - 21:45

Este Samba na Gamboa celebra a dinastia musical da qual Diogo Nogueira faz parte: Gisa Nogueira e Didu, tia e primo de nosso apresentador, mostram que o samba corre nas veias da família e partilham causos que remontam ao patriarca João Nogueira, onde tudo começou.

Confira trecho deste episódio

Didu Nogueira revela que o avô foi considerado um grande violonista, tido como mestre por entidades como Donga, Jacob do Bandolim e Pixinguinha. O talento passou para João filho, que alçou o nome dos Nogueira para o estrelato, legando a Diogo o bastão da vida artística. 

Didu, Diogo e Gisa Nogueira cantam canções que fazem parte do repertório sentimental da família
Didu, Diogo e Gisa Nogueira cantam canções que fazem parte do repertório sentimental da família - Divulgação/TV Brasil

Ao lado do saudoso irmão João, Gisa deu seus primeiros passos como compositora. O debut profissional se deu em 1971, quando a estrela Clara Nunes gravou "Meu Lema", parceria com João Nogueira. Em 1973 foi a vez de Beth Carvalho defender uma canção sua, "Clementina de Jesus", em seu disco "Canto por um novo dia”. No ano seguinte, Gisa ingressou na Ala de Compositores da Portela e seguiu sua trajetória de sambista até lançar seu primeiro LP, "Saldo positivo", em 1978, no qual interpretou, de sua autoria, "Opção", "Verdade aparente", "Olhando seu retrato", "Peito magoado", "Incoerência", "Me ganhou", "Coração insensato", além de "Saldo positivo", faixa que contou com a participação do irmão. Artista de extrema sensibilidade, nunca viu sentido em conduzir sua carreira obedecendo ditames comerciais. Só faz o que gosta, só compõe quando tem vontade e se dedica também às artes plásticas seguindo a mesma linha anti-mercadológica. 

Já Didu Nogueira tem uma longa carreira como produtor, mas o samba sempre esteve no seu DNA. Tendo sido agraciado com o timbre de voz marcante dos Nogueira, tem cada vez mais se dedicado  ao canto, estando inclusive em vias de lançar seu primeiro álbum solo, “Identidade”. Grande contador de histórias, daqueles que desfiam relatos saborosos, Didu relembra com Diogo causos engraçados de quando era produtor do tio João Nogueira e o acompanhava em turnês mundo afora. Ressalvando que a maioria das memórias são impublicáveis, ele relembra a vez que o hipocondríaco João foi ao Mercado Ver o Peso, em Belém, e deixou um erveiro local de cabelo em pé com todos os “males” que ele queria combater. 

Gisa e Didu também comentam sobre o Clube do Samba, praticamente mais um membro do clã Nogueira. Criado em 1979 como um movimento, ainda na casa no Méier do próprio João, o Clube do Samba tinha por objetivo fazer frente à profusão da música americana nas rádios brasileiras, numa época marcada pelo boom da discoteca. O que começou com reuniões informais reunindo artistas do naipe de Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Clara Nunes, Alcione, Clementina de Jesus, Roberto Ribeiro, Elizeth Cardoso, Zé Keti e um novato Zeca Pagodinho, acabou virando uma instituição com sede e CNPJ, ajudando a revitalizar o samba e unindo ainda mais os membros da família. 

Entre um papo e outro, os Nogueira cantam canções que fazem parte do repertório sentimental da família, emocionando e fazendo a roda vibrar. Entre os destaques, “Espelho”, “Minha Missão” e a lendária “O Poder da Criação”.
 

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Criado em 26/09/2018 - 14:50

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