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O Cravo

O instrumento marca o período barroco, mas vai além do repertório

A Grande Música

No AR em 09/12/2011 - 02:00

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Um dos pilares da organização sonora é "O cravo bem temperado", de Bach. Ali se consagra o sistema tona, abrindo caminho para toda a música ocidental. O instrumento marca o período Barroco. Existe toda uma produção para cravo solo, concertos para cravo e outras combinações. Mas sua presença é fundamental em toda literatura da época, cumprindo também a função de baixo contínuo ou baixo obligato em obras para as mais diversas formações.

No século 20, o cravo vive uma redescoberta e acaba sendo utilizado além do repertório de seu período mais marcante. É o que mostra o programa A Grande Música de quinta (8), às 23h.

Na música popular brasileira, se vê a experiência do cravo substituir as cordas pinçadas - violão, cavaquinho ou bandolim - que caracterizam os conjuntos de choro, por exemplo. É o caso de um projeto dedicado a Ernesto Nazaretth realizado por Rosana Lanzelotte: Ernesto Nazareth - "Cuyubinha" e "Atrevidinha", com Rosana Lanzelotte, cravo ; Caito Marcondes, percussão e Luis Leite, violão.

A produção dos compositores barrocos teve no cravo o instrumento polifônico por excelência, seu repertório se estendeu até as primeiras experiências que abrem o caminho para o classicismo, que marca a segunda metade do século 18. Bach e seus contemporâneos dedicaram a ele um volume significativo de obras. Seus filhos exploram novos caminhos estéticos e expressivos em suas composições, como neste Duetto de Carl Philipp Emmanuel Bach: C. P. E. Bach - "Dueto Ré Maior, WA 83, para flauta e cravo", com Wilbert Hazelzet, flauta; Jacques Ogg, cravo.

Um exemplo típico do papel de acompanhamento e suporte harmônico do cravo está associado ao violoncelo. Um dueto vocal de Haendel, outro compositor emblemático do período Barroco, com baixo contínuo: G.F. Haendel - "Fra Le Stralli", com Marília Vargas, soprano; Paulo Mestre, contratenor; Nicolau De Figueiredo, cravo; João Guilherme Figueiredo, violoncelo barroco.

Mais um compositor significativo do período barroco, Luigi Bocherini, ajuda a perceber a função do baixo contínuo. Esta obra para violoncelo solista destaca claramente a voz principal de outro violoncelo que cumpre com o cravo o papel de suporte harmônico. A gravação foi no concerto chamado "O violoncelo virtuoso", e teve Antonio Meneses como solista. Rosana Lanzelotte ao cravo, junto com o violoncelista Alberto Kanji, fazem o baixo contínuo: L. Boccherini - "Sonata II", com Antonio Menezes, violoncelo; Rosana Lazelotte, cravo; Alberto Kanji, violoncelo.

Completando o programa, o cravista Roberto de Regina e seu projeto de gravação da obra integral para cravo de Jean-Philippe Rameau. Outro estilo e escola, agora francesa, trazem a diversidade do compositor e do repertório para cravo que chega ao público: J-P. Rameau - "Le lardon", "La boiteuse", "Les tendres plaintes" e"Les niais de Sologne", com Roberto de Regina, cravo.

 

Direção geral, apresentação e roteiro José Schiller

Direção e edição Gustavo Borjalo

Produção-executiva Cristina Maluhy

Horário: 23h

Reapresentação: sábado e domingo, às 3h30




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Criado em 09/12/2011 - 05:00 e atualizado em 09/12/2011 - 05:00

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