A música sempre teve um elo muito forte com a espiritualidade. Mesmo os compositores que não trabalharam diretamente para a Igreja, como mestres capela ou contratados por algum Cardeal, tiveram obras influenciadas por valores ou temas religiosos.
O primeiro compositor apresentado em A Grande Música desta semana é Antonio Vivaldi, conhecido em sua época como o "padre vermelho". Era religioso, regeu conjuntos de freiras em conventos, e sua obra é um dos pilares do barroco musical italiano e universal. Teve grande produção de obras seculares que marcaram as formas e o estilo de sua época. Entre elas, uma série de sonatas para violoncelo, apresentada por Antonio Meneses e que mereceu um bis do movimento:
- A. Vivaldi - Sonata para Violoncelo em mi menor, Op.14, Nº 5, RV 40 (3º movimento: Largo Alla Siciliana); Antonio Meneses, cello; Rosana Lanzelotte, cravo; Alberto Kanji, cello.
O segundo compositor é Joseph Haydn, um compositor laico, com As Sete Últimas Palavras de Nosso Senhor Redentor na Cruz. Trata-se de uma obra dedicada à passagem da Bíblia celebrada na Páscoa. Cada movimento se inspira num dos sete instantes em que Cristo se pronunciou quando estava na cruz. Esta obra foi transcrita pelo próprio Haydn para diferentes formações instrumentais, mantida a narração que abre cada movimento com a citação das falas bíblicas:
- J. Haydn - As Sete Últimas Palavras de Nosso Redentor na Cruz; Antonio Meneses, cello; Ricardo Kanji, flauta; Rosana Lanzelotte, cravo; narrador: Helder Parente.
Direção geral, apresentação e roteiro: José Schiller
Direção e edição: Gustavo Borjalo
Produção-executiva: Cristina Maluhy
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