O violão é o instrumento mais profundamente identificado com a cultura dos países latinos. Está presente na Península Ibérica e é marcante em praticamente todos os países do continente. Esta identificação popular serviu de inspiração para os compositores e levou o violão para as salas de concerto. A edição de A Grande Música desta quinta (24), às 23h, homenageia o instrumento através de alguns violonistas que marcaram a série com seu repertório.
Marcia Taborda é professora da Escola de Música e participou do ciclo comemorativo dos 30 anos da criação do Bacharelado em Violão na UFRJ. Incluiu em seu repertório o espanhol Santiago de Murcia, que tem ligações com a América hispânica. Dois de seus cinco livros de composições foram encontrados aqui: um na cidade do México, outro em Santiago do Chile. No programa, ela interpretou "Suite em mi menor", de Santiago de Murcia.
Francisco Gil foi um convidado internacional do programa e tocou "Mallorca", de Isaac Albéniz, entre outras músicas. Todas as obras de Albéniz foram escritas para piano. Seu amigo Fernando Sor percebeu o potencial que tinham para o violão. Fez as transcrições que Albéniz aprovou e, hoje, muitas são mais conhecidas do que as partituras originais.
Outro dos convidados internacionais da série foi o argentino Federico Nu ez. No estúdio da TV Brasil, ele comentou a influencia dos ritmos argentinos em compositores do século 20 e fez uma dupla estreia: a primeira apresentação de "Lobrego Intrinsis", recém composta na ocasião, e a primeira vez que tocou uma obra sua ao violão.
Turíbio Santos é uma presença obrigatória quando se fala em violão no Brasil. Foi o primeiro a gravar os estudos integrais e outras obras de Villa-Lobos, além de criador e primeiro professor de violão no Bacharelado da Escola de Música. Em seu concerto, apresentou a faceta de compositor ligado à raiz popular. O programa termina com suas "Danças Concertantes". Turibio tocou acompanhado pela Orquestra Sinfônica da UFRJ, regida por Ernani Aguiar.
Direção geral, apresentação e roteiro José Schiller
Direção e edição Gustavo Borjalo
Produção-executiva Cristina Maluhy
Horário: 23h
Reapresentação: sábado e domingo, às 3h30
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