Rio de Janeiro, 7 de abril de 2011: um ex-aluno da escola municipal Tasso da Silveira invade a sala do oitavo ano e atira contra os estudantes - dez meninas e dois meninos morrem. Goiânia, 20 de outubro de 2017: um adolescente de 14 anos atira contra os colegas de classe, mata dois e fere quatro, no colégio particular Goyases. Alexânia, 6 de novembro de 2017: um jovem de 19 anos entra em uma escola e atira contra uma ex-colega de classe, de 16 anos. Esta edição do Caminhos da Reportagem relembra essas três tragédias que aconteceram em escolas para discutir as possíveis causas e soluções para esse tipo de violência.
Nossa equipe de reportagem esteve em Goiânia e conversou com familiares de João Pedro, um dos adolescentes que morreu na tragédia no colégio Goyases, e com a família de três jovens que ficaram feridos: Marcela, Yago e Isadora.
No Rio de Janeiro, conversamos com Adriana Silveira, mãe de Luiza Paula, uma das vítimas do massacre na escola de Realengo, que formou, junto com outros pais, uma associação para lutar por segurança nas escolas e discutir questões importantes como o bullying. Entrevistamos também Thayane Tavares, que foi uma das sobreviventes do massacre, ficou paraplégica e encontrou na canoagem uma forma de superar as limitações e tudo o que viveu.
O programa também explica o que é o bullying e quando ele acontece, bem como discute como está a questão da segurança nas escolas e quais os desafios que precisamos superar. Para especialistas, o que acontece nas escolas é reflexo do que existe na nossa sociedade. Sobre o que aconteceu em Goiânia, por exemplo, o psicólogo Francisco José Herrera afirma: "Não há um culpado. De fato, a culpa não é uma questão que se resolve. Se a gente pudesse falar, eu falaria: quem foi o responsável? E se temos que falar quem foi responsável do que aconteceu em Goiânia, eu teria que dar uma resposta: todos nós".
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