Meio século se passou desde o começo da ditadura, quando os brasileiros foram proibidos de falar, reivindicar e se organizar em partidos conforme suas ideologias. Num tempo em que a liberdade de expressão e o Estado de Direito eram cerceados, muitos professores universitários foram obrigados a sair do país. Nas escolas públicas, os alunos estavam sujeitos a um currículo direcionado à noção de civilidade imposta pelos generais.
No Palácio do Planalto, as multinacionais eram recebidas com tapete vermelho. Nos grandes centros, a mão de obra que vinha do campo trabalhava para as montadoras de carro, indústria de eletrodomésticos, além das empresas estatais. De um lado, a urbanização acelerada e sem planejamento. De outro, o êxodo rural. “Montou-se um esquema tributário em que o pobre paga o mesmo que o rico, diz Ladislau Dowbor, professor de Economia da PUC-SP, e este desequilíbrio se mantém até hoje”.
No terceiro e último programa da série 50 Anos do Golpe Militar, as marcas de uma ditadura que perseguia e matava quem era contra o governo. Para Maria Cristina Vanucci, irmã de Alexandre Vanucci, preso e morto pela polícia política em 1973, “se hoje nós podemos ir para as ruas protestar, é porque gerações passadas deram a vida para poder manifestar a sua opinião.”
Produção: Aline Beckstein, Aline Carrijo, Fernanda Balsalobre, Leonardo Catto, Luana Ibelli e Thaís Rosa
Imagens: Eduardo Viné, Édina Girardi, Geylson Paiva, William Sales
Auxiliares: Diogo Nunes, Edgar Monteiro, Rodrigo Mattos
Edição de Imagens e finalização: Caio Cardenuto e Fábio Montes
Direção: Bianca Vasconcellos e Pola Galé
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