Os documentários brasileiros vêm se firmando como uma das principais formas de manter viva a memória do país, ao levar para as telas a vida e a obra de personagens que marcaram época. O Revista do Cinema Brasileiro de sábado (06), às 20h30, revela a quantidade de filmes do gênero sendo produzida e mostra como cada cineasta imprime sua maneira, para contar as histórias de pessoas públicas ou simples anônimos.
João Saldanha é uma destas personalidades que teve sua vida contada sob a forma de filme. A biografia João Saldanha, Uma Vida em Jogo, escrita pelo jornalista e roteirista André Iki Siqueira, virou documentário. O Revista dá uma prévia da história que retrata o militante político, o técnico do Botafogo e da Seleção Brasileira, que foi Saldanha. Nesta edição, o bate-papo no estúdio é com o crítico e pesquisador de cinema Carlos Alberto Mattos. Ele, que também é jornalista e escritor, já participou como jurado nos festivais de Veneza, Berlim, Moscou e Amsterdam. Mattos explica à Julia Lemmertz quais os critérios que utiliza para analisar as qualidades de um filme e conta também em que se baseia para escrevê-la. O crítico também diz quais documentários mais o inspiraram e como tem visto as mudanças na linguagem documental no Brasil.
O programa ainda tem uma reportagem com a diretora Márcia Derraik sobre o documentário Onde a Coruja Dorme. O filme - que, a princípio, era um curta e agora volta aos cinemas como longa-metragem -, trata da relação de Bezerra da Silva com os compositores anônimos que garimpava por onde andava. O músico lançou muitos sambas de sucesso, que eram crônicas ácidas e cheias de humor, feitas por trabalhadores, gente simples e moradores dos morros cariocas.
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