Os brasileiros festejaram quando o Rio de Janeiro foi escolhido como sede dos Jogos Olímpicos, em outubro de 2008. A cidade havia derrotado as candidaturas de Madri, Tóquio e Chicago. Na época, muitas promessas foram feitas quanto a se recuperar a cidade e deixá-la adequada para o evento, que atrai milhares de turistas do mundo.
A promessa mais ambiciosa foi a despoluição da Baía de Guanabara, um dos cartões-postais do Rio, definida como o local das provas de iatismo. Mas, a promessa não se cumpriu. Apesar do sucesso dos dois eventos-teste de iatismo, jornais estrangeiros publicaram denúncias que alertam para o perigo que a água poluída representa para a saúde dos atletas.
Jornalista da agência de notícias Reuters, o americano Bradley Brooks investigou a balneabilidade da baía e denunciou a presença de vírus comuns em esgotos. Os laudos laboratoriais apresentados por Brooks mostram resultados constrangedores, mas os organizadores das Olimpíadas ignoraram as denúncias, apoiaram-se nos testes dos laboratórios oficiais e mantiveram as provas náuticas na baía.
O projeto Mangue Vivo começou depois de um vazamento na refinaria Reduc, da Petrobras, que causou o pior acidente ambiental da baia de Guanabara, em 2000. Em 15 anos, o trabalho – coordenado pela bióloga Erian Osório da Silva – conseguiu reflorestar a área e trazer de volta várias espécies de aves e crustáceos que haviam desaparecido. Contudo, Erian confessa não ter uma visão muito otimista em relação ao futuro a da baía.
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