O professor Rogério Christofoletti, do departamento de jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, afirma que os jornais não deveriam fazer propaganda de produtos. Ele explica que podem haver conflitos de interesses entre as matérias publicadas e os produtos sendo propagados que podem acabar comprometendo a liberdade de expressão do jornalista.
Segundo o professor, “jornalista fazendo merchandising é uma atitude temerosa, porque geralmente o jornalismo se ocupa de fiscalizar, de investigar, e, ao fazer ações de merchandising, ele pode comprometer a credibilidade, a sua independência ao tratar de um assunto”.
Para Rogério Christofoletti, não há nada no código de ética que impeça o jornalista de fazer merchandising, mas há um apontamento de que, quando se tratar de algo relativo à publicidade, tem que ficar muito claro para o público.
O importante é deixar evidente para o telespectador, para os anunciantes, para a concorrência e para os próprios profissionais jornalistas o que é, de um lado, o conteúdo jornalístico, que deve ser independente, e o que está do outro lado, que são os interesses de marcas, produtos, conglomerados e empresas.
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