O produtor independente José Padilha fez duras críticas ao modelo de distribuição de filmes e propôs uma nova forma de organização do setor.
O diretor dos sucessos Tropa de Elite 1 e 2 afirmou que distribuidores e exibidores recebem entre 90 e 95% da receita de um filme. Segundo Padilha, independentemente da boa recepção de um produto audiovisual, a produção fica com o mesmo valor: "Produtor, no Brasil, não corre o risco de dar certo, só o de dar errado", resume.
O cineasta revelou que é muito comum na produção independente existir um filme que "todo mundo vê e o produtor não ganha dinheiro". E deu como exemplo o Tropa de Elite 1.
José Padilha defende um modelo, o qual implementou em Tropa de Elite 2, em que a produtora fica responsável pela distribuição. Mas, acredita que o filme precisa ser muito bom para conseguir romper as barreiras que as grandes distribuidoras imporiam aos exibidores.
Perguntado sobre a possibilidade de transformar seu filme de maior bilheteria em game, disse que já recusou a proposta pois sua intenção era fazer uma crítica social.
O moderador da palestra, Maurício Mota, revelou que o fenômeno do sucesso série Tropa de Elite é estudado pelos pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla em inglês).
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