O Mídia em Foco da próxima semana discute as produções latinas e o hábito ainda pouco disseminado do público da região em consumir os conteúdos dos países vizinhos, em especial do Brasil. A língua portuguesa poderia estar atrapalhando as produções brasileiras no cenário latino-americano?
"Eu digo brincando que se fosse presidente do Brasil eu faria ter uma língua só, que seria o espanhol. Como produtora eu tenho interesse porque termina que você tem um acesso muito maior para vários países de língua espanhola", descontrai Malu Campos, presidente da TAL – Televisión América Latina, ao ser indagada.
A produtora, no entanto, não acredita que a língua seja um empecilho nem problema de fato. "É só uma brincadeira, porque eu acho que o audiovisual bom viaja e viaja bem", explica. Como exemplo, Malu cita a força do cinema iraniano e do leste europeu, cujas produções têm se destacado por várias partes do mundo.
Para Malu, iniciativas como a TAL, uma rede de intercâmbio da produção audiovisual de países da América Latina, são essenciais para fortalecer a divulgação de conteúdos da região. "Eu me lembro, na primeira reunião da TAL depois da distribuição dos conteúdos, dos depoimentos dos dirigentes. E tinha um dirigente da televisao de Jalisco (México) dizendo que pensava que os programas brasileiros não iam funcionar nem servir para a audiência, mas que foi incrível e teve muito sucesso", conta.
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