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Monja Coen afirma que autoconhecimento pode ser antídoto na pandemia

Missionária zen-budista recomenda a prática de meditação e dá dicas

Impressões

No AR em 28/06/2020 - 22:30

O Impressões recebe a Monja Coen, fundadora da Comunidade Zen Budista Zendo Brasil, para falar sobre as aflições típicas dos tempos de pandemia e apontar caminhos para se buscar o equilíbrio neste momento.

Mestra dos ensinamentos de Buda e autora de diversos livros, ela recomenda a meditação, que começa pela respiração consciente. “Quando comecei a meditar era muito difícil. Colocava um reloginho à minha frente e cinco minutos pareciam uma eternidade. Era um horror”, confessa. A monja aproveita para ensinar algumas técnicas que podem ajudar os iniciantes na prática, a qual garante trazer alívio para incômodos emocionais comuns neste período, como ansiedade, medo e raiva.

“Você perceber o que está acontecendo com você é a única maneira de você ter algum controle. E não é controlar as emoções. É percebê-las e deixar que passem. Quando a gente fala de budismo, a gente fala de autoconhecimento e autoconhecimento é libertação”, afirma a religiosa.

Este não é um momento para acerto de contas emocionais nem para remoer os rancores, segundo a monja, mas de considerar tudo o que foi vivido como uma bagagem extra para encarar o presente com plenitude. “O que passou serviu como uma experiência para o que estamos passando agora, e o que vai chegar, o que ainda não chegou. Estar presente no momento e ver com plenitude o agora é a única maneira de atravessarmos (esta fase). Só tem uma maneira: atravessar com presença pura. Nós dizemos, no budismo, que presença pura é sabedoria”, ensina Coen.

Katiuscia Neri entrevista a Monja Coen no Impressões
Katiuscia Neri entrevista a Monja Coen no Impressões - Divulgação/TV Brasil

A missionária zen-budista declara respeito a outras religiões e reconhece que, qualquer que seja o caminho escolhido, exige determinação. “A mente é incessante e luminosa. Ela não para. Tem inúmeros estímulos. Você pode perceber esses estímulos todos e escolher o que você quer estimular. Como você escolhe que programa você assiste, que livro você lê, como você escolhe seus amigos e como você conversa com essas pessoas e quais são os assuntos. Através das nossas escolhas, nós vamos encontrando estados mentais. E podemos encontrar estados mentais de tranquilidade que a gente chama de estado Buda, de sabedoria e compaixão, onde há tranquilidade, assertividade e ternura”, afirma.

A monja explica ainda que o estado mental tem relação com a imunidade. Manter aceso o olhar curioso da criança, de ver o mundo de uma forma inédita e se apaixonar pelos pequenos detalhes, pode ser um hábito poderoso. “A imunidade depende do nosso estado de tranquilidade. Não só, mas muito. Quando o coração fica quentinho, quando é gostoso. A gente tem que encontrar alguma coisa na vida que sinta prazer em ver”, acrescenta.

“Existe um vírus pior: o da raiva, do ódio, da insatisfação. Esse é muito difícil de ser sanado, a não ser com a sabedoria da ternura, da respiração consciente e do autocontrole”, afirma Coen
“Existe um vírus pior: o da raiva, do ódio, da insatisfação. Esse é muito difícil de ser sanado, a não ser com a sabedoria da ternura, da respiração consciente e do autocontrole”, afirma Coen - Divulgação/TV Brasil

Quanto aos questionamentos com os quais muitas pessoas se deparam na atual situação, a monja é assertiva: “Pare de se lastimar e falar ‘queria poder abraçar’. Tem que ser bom agora. Onde você está é o melhor lugar do mundo, porque sua vida está aqui. Aprecie a sua vida. Aprecie as pessoas perto de você”, conclui.

 

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Criado em 24/06/2020 - 13:00

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