A diversidade de gênero e raça no mercado audiovisual brasileiro ainda é uma questão a ser enfrentada. Um levantamento da Agência Nacional do Cinema (Ancine) mostra que a indústria cinematográfica no país é protagonizada por homens brancos, os quais assinaram a direção de 75,4% dos longas nacionais lançados comercialmente em 2016. As mulheres brancas dirigiram 19,7% dos filmes, enquanto somente 2,1% foram dirigidos por homens negros. E o mais alarmante: no ano em estudo, nenhum filme foi dirigido ou mesmo roteirizado por uma mulher negra.
Em entrevista ao Mídia em Foco, a cineasta Viviane Ferreira avalia que há uma barreira às mulheres negras no mercado audiovisual e que, para driblá-la, há um processo intenso de cobranças. "A gente tem um desafio do precisar a todo tempo provar que é muito boa, provar que a gente sabe o que a gente quer fazer, provar que a gente sabe o que está falando, provar que a gente estudou tanto quanto as outras pessoas", critica a diretora.
Para Viviane, “o primeiro de todos os desafios é o mercado entender nosso direito de pertencê-lo. O nosso direito de acessá-lo, de fruir profissionalmente, esteticamente e artisticamente”.
O Mídia em Foco traça um panorama da participação feminina no audiovisual: confira o programa completo aqui.
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