Quando morreu em fevereiro deste ano, a oito meses de completar 75 anos de idade, Pery Ribeiro trabalhava em três projetos: um CD em homenagem a Wilson Simonal, em que fez duetos com 22 artistas; um álbum de carreira e retocava um musical-homenagem ao centenário do pai, Herivelto Martins.
Cantor, compositor, ator, Pery Ribeiro era um criador inquieto. Seu primeiro contato com os palcos foi aos três meses de idade, quando a mãe Dalva de Oliveira o apresentou ao público. Isto direcionou sua vida e moldou sua personalidade. Pery aprendeu a amar o palco e a respeitá-lo como um ambiente sagrado.
Esta paixão ele imprimiu em tudo o que fez. Por ela achou caminho e se estabeleceu, profissionalmente, longe das sombras dos pais famosos. Sobre isto sempre falou sem reservas, como expôs no livro "Minhas duas estrelas - Uma vida com meus pais", escrito em parceria com sua mulher, Ana Duarte, e lançado em 2006.
Intérprete de personalidade forte, Pery Ribeiro foi o primeiro a gravar “Garota de Ipanema”, de Vinícius de Moraes e Tom Jobim. Apesar de ter o nome ligado à Bossa Nova, movimento que ajudou a divulgar dentro e fora do Brasil, cantou todos os gêneros da MPB.
No Musicograma ele fala da vida no exterior, da influência de Vinícius e Jobim no seu processo criativo, que frequentavam sua casa para escrever arranjos para Dalva de Oliveira, e da importância de ser dirigido pela dupla Mielle & Boscoli, no início da carreira, ao lado de Leny Andrade.
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