Alguns compositores, especialmente em nosso continente, se caracterizam por terem uma obra que transita tanto no meio da chamada música popular quanto no repertório dos intérpretes de concerto.
Um exemplo nacional foi Ernesto Nazareth. Pianista e compositor, ele tinha Chopin como referencia para sua composição. Suas músicas adotavam os ritmos característicos brasileiros. O resultado é adotado pelos conjuntos de choro, assim como por pianistas e professores de piano.
A cravista e pesquisadora Rosana Lanzelotte alia estas leituras possíveis de Nazareth, transportando a sonoridade do cravo para o clima popular dos nossos regionais. Gravou um CD com violão e percussão, e uma leitura absolutamente fiel ao espírito do compositor:
E. Nazareth – Cuyubinha
E. Nazareth –Atrevidinha
E. Nazareth – Furinga
E. Nazareth – Digo
E. Nazareth – Lundum
E. Nazareth – Batuque
E. Nazareth – Encantador
E. Nazareth – Fon-Fon, com: Rosana Lanzelotte, cravo; Caíto Marcondes, percussão; Luiz Leite, violão
O caráter de leveza e virtuosismo da obra de Nazareth permitiu a Rosana Lanzelotte estabelecer um paralelo com Domenico Scarlatti, um compositor italiano do período barroco que viveu também na corte portuguesa. A interpretação ao cravo torna mais presente a associação, reforçada pela apresentação consecutiva de peças alternadas de um e outro:
D. Scarlatti – Sonata K 141
E. Nazareth – Tenebroso
D. Scarlatti – Sonata K 56
E. Nazareth – Garoto
E. Nazareth – Escorregadio, com: Rosana Lanzelotte, cravo; Caíto Marcondes, percussão; Luiz Leite, violão
Direção-geral, roteiro e apresentação: José Schiller
Direção e edição: Gustavo Borjalo
Produção-executiva: Cristina Maluhy
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.
