O advogado pernambucano José Paulo Cavalcanti participa do Conexão Roberto D"Avila deste domingo (15). Na entrevista, ele fala sobre o livro "Fernando Pessoa: quase uma autobiografia", que lançou recentemente. São mais de 700 páginas dedicadas a analisar a vida de um poeta tido como "imaginativo demais" e nada confessional por sua crítica.
Na conversa com o jornalista Roberto D"Avila, José Paulo comenta sobre a vasta pesquisa que realizou durante oito anos; as viagens a Lisboa, terra natal de Pessoa e, ainda, conta sobre algumas descobertas curiosas sobre a vida do poeta.
"Fernando Pessoa: uma quase autobiografia" é a mais completa obra de referência das muitas personas assumidas pelo poeta português. Seus heterônimos, muitos deles desconhecidos do grande público, revelam-se no livro de José Paulo Cavalcanti com riqueza de detalhes, apresentando a produção e as origens de cada um desses que habitaram o imaginário e a escrita de Fernando Pessoa. Desde a sua morte, em 1935, mais de seis mil livros foram publicados sobre a obra do escritor português, mas biografias só existem três (1950, publicada em Portugal; 1986, na Espanha, e 1996, na França), além de uma fotobiografia.
José Paulo conheceu a obra de Fernando Pessoa em 1966. O primeiro poema que leu foi Tabacaria. "Foi o começo de uma paixão que até hoje me encanta e oprime", confessa. "Tenho, inclusive, a sensação de que gostava dele ainda mais naquele tempo. Talvez por que todo começo de paixão seja assim mesmo, depois arrefece; ou então, como o rio de sua aldeia, ele apenas pertencesse a menos gente", completa.
O advogado José Paulo é também consultor da UNESCO e do Banco Mundial. Já foi ministro da Justiça e atualmente ocupa a cadeira 27 da Academia Pernambucana de Letras.
Horário: 20h
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