Com sua conhecida simpatia, Martinho da Vila é o convidado de Roberto D’Ávila nesta semana. Os dois relembram os 45 anos de carreira do sambista. Desde a infância, em Duas Barras, interior do Rio de Janeiro, até os dias que virão.
Este ano, a Vila Isabel conquistou o tricampeonato no Carnaval do Rio com um samba-enredo composto por ele em parceria com Arlindo Cruz e André Diniz, Tunico da Vila e Leonel.
– A ideia é falar da vida da roça. É aquela vida da roça, da festinha, da igreja, daquelas festas do interior, a música. A música sertaneja, que está dentro do nosso enredo esse ano, com certeza” – conta Martinho sobre o samba A Vila canta o Brasil celeiro do mundo – água no feijão que chegou mais um.
Com 45 discos gravados e 12 livros publicados, Martinho é considerado um dos maiores estudiosos da cultura negra no Brasil. O autor não se furtou a falarsobre racismo e problemas sociais.
– Até 1988, a classe dominante brasileira não admitia que o Brasil tinha racismo. Era uma convivência racial maravilhosa. Nós custamos a colocar o racismo na pauta. Mas meu sonho é um dia não precisar mais falar nisto. Não ter necessidade de movimento negro, assim como não ter necessidade da Delegacia da Mulher. A delegacia tem que ser no geral – afirma o artista.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.