Orixás, capoeiristas, pescadores e lavadeiras. Santos, guerreiros, o povo e as cenas do cotidiano da Bahia. Essa foi a fonte de inspiração de Hercor Julio Párie Bernabó, ou melhor, Carybé, o artista que nasceu na Argentina, se naturalizou brasileiro e que amava a Bahia, o lugar que escolheu para viver. Participam da homenagem ao seu centenário, que vai ao ar deste domingo (24), às 18h, a amiga e diretora do Museu de Arte da Bahia Sylvia Athayde, a curadora da exposição na Chácara do Céu Anna Paola Batista, o cartunista Lan e o curador do Museu Afro Brasil Emanoel Araújo.
Ao longo de sua a carreira, Carybé fez mais de cinco mil trabalhos, entre pinturas, desenhos, esculturas, cerâmicas e painéis; tudo com um traço marcante e com as cores que só existem sob a luz dos trópicos. Sua obra pode ser vista em vários pontos da cidade de Salvador, como praças, avenidas, teatros e nos acervos dos museus mais importantes da Bahia. O artista também ilustrou livros de Jorge Amado, Mário de Andrade, Vinicius de Moraes e até uma edição de Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez.
Filho de Oxossi, tornou-se também Obá de Xangó, o mais importante posto honorífico do candomblé, a religião a qual Carybé se converteu por paixão e devoção. Morreu do coração, em 1977, durante um ritual no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, que frequentava com assiduidade.
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