"Preto, gordo e cafajeste, formado em cornologia, sofrências e deficiências capilares." Era assim que Tim Maia se definia. Mas por ter sido um artista muito talentoso, o jeito debochado como ele se notava, importa menos do que a grande contribuição que deu à história da música.
Tim Maia foi o grande responsável por agregar o soul e o funk, ritmos da música negra norte-americana, ao balanço nacional. Ao longo da carreira, o músico gravou 32 discos, fez shows que arrebanhavam multidões e arranjou muita confusão. Ficou marcado por ter uma personalidade difícil de conviver. Mesmo assim, Tim Maia era querido pelo público. Poderia ter enriquecido, como aconteceu com muitos cantores de sua geração, muitos deles, colegas de adolescência. Mas os processos que respondeu, as multas e as indenizações que teve de pagar, lhe custaram muito caro.
Tim Maia morreu cedo, aos 55 anos, por causa de excessos com comida, álcool e drogas. Deixou uma legião de fãs e seguidores. No De Lá Pra Cá, o balanço e as histórias de Tim Maia, o Síndico da Música Brasileira. Participam deste programa o ator Tiago Abravanel, que interpretou com maestria o músico no teatro; o jornalista e biógrafo Nelson Motta e dois componentes da Banda Vitória Régia: Claudio Mazza e Jamil Joanes.
A homenagem do De Lá Pra Cá ao gande astro será no domingo (4), às 18h.
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