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Os 18 do Forte no De Lá Pra Cá

Neste domingo às 18h na TV Brasil, o De Lá Pra Cá resgata na história, os 90 anos da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, um marco do movimento Tenentista, no contexto da República Velha. 17 militares e 1 civil resistiram até o final do manifesto com o objetivo de estabelecer o fim das oligarquias, principalmente as latifundiárias. A Revolta do Forte representava a insatisfação política de outros estados como Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul. Na época, o Brasil se urbanizava e junto com o crescimento das cidades surgiam as primeiras indústrias. A classe média se fortalecia, o movimento operário se organizava e a sociedade que emergia cobrava maior participação política, ainda mais com a adoção do pensamento liberal. A política do café com leite defendida pelo candidato à presidência da República Artur Bernardes desafiava as baixas patentes das forças armadas, visto que a democracia deveria ser limitada nas mãos da política oligárquica. No dia 5 de julho de 1922, diversos bombardeios entre a Fortaleza de Santa Cruz em Niterói e o Forte de Copacabana ocorreram na cidade do Rio de Janeiro. Após muitas desistências, mortes e o fracasso na luta, a Revolta dos 18 do Forte se tornou um exemplo para outras manifestações tenentistas como a Coluna Prestes e a Revolta Paulista de 1924. Participam da conversa, os historiadores do Forte de Copacabana e do CPDOC / FGV, Capitão Armada e Dulce Pandolfi, o sociólogo Luiz Werneck e a cientista política Maria Celina D`Araujo.

 “Os dezoito do forte”

Elles eram dezoito... Os mais partiram
Tanto que a causa, enfim, viram perdida.
Elles – dezoito apenas – preferiram
Ficar, quando ficar custava a vida...

Poetas e heroes, à hora derradeira,
Como uma só mortalha ter quiserem.

Tomaram, soluçando, da bandeira
E em dezoito pedaços a fizeram...

Elles dormem agora: e, ao longe, sobre aquelles
Que os venceram, no forte, adeja outra bandeira
Porque aquella que os viu, a hora derradeira.
Lutar, morrer por ella, essa morreu com Elles...

(Reminiscências da epopéa de Copacabana)
Trechos do poema publicado no Jornal “Correio da Manhã” em setembro de 1923.
Autor desconhecido.




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Criado em 21/09/2012 - 17:31 e atualizado em 21/09/2012 - 17:34

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