O Musicograma deste sábado (20), às 21h30, apresenta um grupo e um músico estrangeiro que decidiram fazer do bairro da Lapa, Rio de Janeiro, seu palco. O grupo Galocantô e Nicolas Krassik fizeram sucesso no bairro, reconhecido como divulgador de gêneros e formador de públicos.
O grupo Galocantô faz parte da geração que decidiu fazer carreira independente no mercado do samba. Trocou os grandes palcos pelas rodas nas calçadas e bares onde o samba nasceu. O Galocantô tem cinco anos de carreira contados a partir do primeiro CD lançado em 2006. Antes de gravar "Fina Batucada" o grupo formou público na Lapa, subúrbio e Zona Sul. As composições são coletivas, o que ajuda a manter a unidade do Galocantô. Em 2009 gravaram, também independente, o segundo CD "Lirismo do Rio." Em 2010 o grupo estreou o espetáculo No Princípio era a Roda, em parceria com Nei Lopes, que reuniu várias gerações do samba.
No repertório do grupo, Jura (Sinhô), Galã de Xerém (Pablo Amaral e Edu Tardin), Coisa da Antiga (Nei lopes e Wilsom moreira), Clube do Samba (João Nogueira), Na Linha do Mar (Paulinho da Viola), entre outras.
Formado em música erudita, a obra do francês Nicolas Krassik se divide em antes e depois da capoeira. Ao desembarcar no Brasil, em 2001, encontrou a Lapa num de seus períodos mais criativos. Krassik se encantou com o chorinho brasileiro em um festival na Sala Cecília Meirelles. Para não perder o beabá do aprendizado mudou-se para Santa Teresa, bairro vizinho à Lapa. Não demorou muito o som do seu violino estava incorporado à harmonia local. No programa, ele fala da importância de Beth Carvalho na sua carreira, ela lhe abriu as portas para conhecer a tradição do samba.
Ele ainda revela que consegui unir o trabalho com o prazer de tocar. Na edição, ele apresenta Assanhado (Jacob do Bandolim), Krassik de Ramos (Eduardo Neves), Luz Negra (Nelson do Cavaquinho) e Desvairada.
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