A percussão, que marca o ritmo da música, é o elemento de trabalho dos dois artistas homenageados no Musicograma de sábado (17), às 21h30: Marcos Suzano e Pascoal Meirelles. No programa, depoimentos dos músicos que relembram o início de suas carreiras e suas influências.
O carioca Marcos Suzano relembra sua juventude quando ele gostava somente de rock. Mas, ao ouvir o naipe de percussão de um bloco carnavalesco, se apaixonou. O músico ainda afirma que o Brasil tem um suingue especial, por isso a facilidade com o ritmo. Enquanto cursava economia participava de encontros musicais com Hermeto Pascoal e Radamés Gnattali. Subiu no palco ao lado de Zé Kéti, Gilberto Gil, Marisa Monte, Djavan e Zizi Possi. E participou dos grupos Nó em Pingo D Água, Água de Moringa e Aquarela Carioca.
A versatilidade do pandeiro, acompanhando ou substituindo outros instrumentos, é a marca de Suzano. Essa característica virou uma assinatura a partir da dupla com Lenine. Seu último CD foi "Sementeira: Sons da Percussão", lançado em 2010. No repertório, Não adianta chorar, Solo de pandeiro, Genius game, Samba Makossa e Desentope.
Já o mineiro Pascoal Meirelles relembra a experiência de tocar com o Gonzaguinha, parceria que durou 12 anos, e fala do seu mentor Paulo Moura. Com ele gravou quatro álbuns, entre eles o atual "Pilantocracia", de 1971. Outro feito foi junto com Art Blakey e Robertinho Silva, popularizar a bateria como instrumento harmônico, trazendo-a da cozinha para a sala do palco.
O artista acompanhou Elis Regina, Wilson Simonal, Tom Jobim e João Bosco, o que deslanchou sua carreira internacional. Acostumado a longas parcerias, nos anos 80, Pascoal Meirelles criou o quinteto Cama de Gato. O Cama de Gato já gravou seis discos e é um dos grupos brasileiros mais conhecidos no exterior. Na edição, ele toca Blues March, Amendoim Torrado, Funchal e Pro Moura.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.